Olá corpses.
Aqui é Rina, outra vez trazendo um jogo de RPG Maker VX Ace e também com mais assuntos polêmicos (ficarei conhecida nesse blog por isso). Faz mais ou menos uma semana que estava procurando um jogo para analisar e acabei me deparando com Debris. Eu queria desde início informar que trarei mais jogos em espanhol, porque tenho menos dificuldade com o idioma, então se isso incomodar e vocês estiverem muito interessados em um certo jogo talvez eu peça algumas traduções além das que já me pediram. Porém fique claro que eu sou apenas uma redatora e apenas posso fazer pedidos. Espero que gostem desse Review.
Debris é um jogo survival thriller feito por Peccdesign no RPG Maker VX Ace, no ano 2013, com apenas possibilidade de fazer download em espanhol, durando de 1 hora à 1 hora e meia, levando a apenas 1 final.
ʃ Sinopse ʅ
Elyzabeth acorda em um lugar desconhecido depois de ter sido atacada por uma figura misteriosa. Enquanto a garota busca uma saída vai encontrando pistas relacionadas ao passado que ela não se recorda. Qual será a verdadeira intenção do seu sequestrador e o que isso tem a ver com seu passado oculto?
ʃ Review ʅ
Debris, que do inglês para o português significa escombros, é um jogo que superou bastante as expectativas que eu tinha sobre sua história. Inicialmente, quando eu vi, tanto o design quanto a sinopse, não me chamaram tanta atenção e eu ia deixá-lo de lado, mas pensei: "Se você consegue jogar Pen Pals, você pode dar uma chance a esse jogo", e foi o que fiz (e olha que depois que você joga Pen Pals, cria coragem para jogar qualquer jogo). Realmente não me arrependo de minha decisão, apesar de sim, o jogo apresentar seus contras, porém, em sua maioria, também tem seus prós.
ʃ Gráficos e personagens ʅ
O gráfico não foi o lado mais charmoso do jogo que me encantou, na verdade, tenho que admitir que é do estilo bem iniciante, já que apenas os novatos deixam nesse formato (e sim eu já usei esse programa então eu sei), e o ambiente é até bem elaborado comparados com outros jogos de autores principiantes. O que realmente me interessou em seu design foi como Elyzabeth aparece machucada em suas falas quando é atingida pelo sequestrador, sendo algo bem único nos jogos de RPG Maker. Considerando que talvez esse seja o primeiro jogo que o autor fez, não foi tão decepcionante.
Os personagens tem suas personalidades bem desenvolvidas e são bastantes carismáticos de maneira única, principalmente Elyzabeth, apesar de sua atitude um pouco inocente demais me irritar de alguma maneira, sendo uma personagem que é usada com frequência nas histórias. Até mesmo quando você descobre coisas que ela fez em seu passado, aparentemente, que ela não se lembra com clareza, você sente a necessidade de que a pobre garota seja perdoada e que o sequestrador deixe-a ir. Desde o começo fica determinado quem é o vilão(???) e quem é o mocinho (Elyzabeth), porém tem mais pessoas na jogada que talvez mudem completamente esses papéis ou os tornem mais evidentes.
ʃ Diferencial e sonoridade ʅ
O jogo trás assuntos um pouco pesados como agressões, traição, drogas, prostituição, entre outras coisas, porém eu acredito que isso dá um certo charme ao jogo, afinal nenhum dos assuntos é tratado diretamente sendo apenas mencionado em alguma conversa entre Ellie (Elyzabeth) e o sequestrador (???). Também tem o fato que já comentei em Monsters, que jogos assim chamam mais minha atenção. E volto a dizer que não é porque eu goste de ver a dor dos outros, mas gosto de observar até onde vai a repugnância do ser humano.
Uma coisa que eu achei um pouco diferente, mas outros jogadores disseram ser inútil, é o fato que quando o jogador encontra um objeto e ele é agregado a seu inventário, assim que checá-lo, a imagem que aparecerá será do objeto em sua forma real, parecendo com uma foto ou algo assim. Para mim não incomodou tanto e foi até diferencial de outros games.
O jogo apesar de ser basicamente feito por repetições, comuns em outros jogos, espalhadas por todo o ambiente, consegue se diferenciar de outros RPG's Makers, que na sua maioria são os japoneses, e ter um desenvolvimento bem diferenciado apesar da introdução ser um pouco entediante e bem comum, onde nossa protagonista acorda e começa a fazer aquelas mesmas perguntas: "Onde estou?" e blá, blá...
Sua sonoplastia foi algo bem simples e não há muito o que comentar sobre, apesar da mescla boa que faz com a situação, ambiente e também durantes as raras perseguições. Eu diria que não teve um toque que marcasse a obra, porém ainda não foi uma mistura estranha, por exemplo, uma música feliz no meio daquela tensão, o que é um pouco óbvio para qualquer produtor de conteúdos sobre horror (eu acho, pelo menos).
ʃ Pontos negativos e positivos ʅ
Duas coisas que tenho a reclamar sobre o jogo são alguns puzzles, que são obrigatórios para passar por algumas salas. Eles são extremamente inúteis e sem sentido com a história, além de extremamente fáceis. Também tem as perseguições que o sequestrador faz ao passar da trama. Ele simplesmente aparece do nada e quando a personagem entra em outro cômodo não é possível vê-lo, o que eu acho que deixou um pouco chato essa parte das perseguições.
Tirando os pontos negativos, eu adorei a maneira como o enredo vai se desenvolvendo de maneira devagar e com as lamentações da protagonista, revelando aos poucos e dando várias pistas do que poderia acontecer ao final do jogo e quem é o sequestrador. A história é desenrolada através de cartas que ele deixa no chão para a moça ler, fazendo-a refletir do porque está presa naquele lugar horrível. O final? Simplesmente magnífico. Eu fiquei totalmente impressionada com o finalizar da trama, foi algo bem inesperado para mim (o que não deveria). Mesmo o jogo contendo apenas um final, acredito que se encaixou perfeitamente com todo o resto e não deveria ser diferente.
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*É recomendável que veja essa parte apenas quando finalizar o jogo*
*Contém spoilers*
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ʃ Curiosidades ʅ
- Títulos originais
Peccdesign parece ser uma pessoa que retira seus títulos de lugares muito estranhos. O primeiro título para o Debris foi Sunnerfalt, que ele mesmo nem sabia o que significava e apenas tinha o escolhido pelo som da palavra. O segundo título foi Rockfield, que é o sobrenome de Elyzabeth. E o penúltimo foi Molokai, que é o nome de uma ilha, mas conforme o jogo foi se finalizando, ele percebeu que não tinha nenhuma relação. Por último, temosDebris, que foi baseado em uma música do Linkin Park: Linkin Park – Debris (por sinal, estou muita viciada nela), que faz uma referência a personalidade de Ellie.
- A canção que inspirou Debris
Debris na verdade foi gerada através da OST de Chrono Cross chamada de Life far away promise, acabando que o jogo Debris virou uma homenagem ao game e ao criador. O seu aspecto bem misterioso e se encaixa de alguma maneira com a atmosfera do jogo de Peccdesign.
- A máscara de vilão
Muitos de seus fãs acreditaram que a máscara de vilão, a qual nos mostra o quão sem emoção ele está, foi inspirada de filmes famosos como Jogos Mortais, porém ele discorda severamente dizendo que se inspirou em um filme chamado Ressurreição (um clássico de terror).
- Elyzabeth
De acordo com Peccdesign, cada um de seus personagens expressa uma parte da sua personalidade, mesmo que as vezes exageradamente, e isso também vale com Ellie. "Quando eu era jovem tinha um amigo muito parecido comigo e ele gostava de uma garota que não sentia o mesmo. Então eu e ela resolvemos pregar uma peça nele, ficando de mãos dadas na frente dele até que ele se mudou, porém diferente de Elyzabeth eu me arrependo disso até hoje..." - Peccdesign
- Briga entre Ellie e o vilão
A briga final entre os protagonistas, foi inspirada em uma cena do filme "Corpo fechado" ou mais conhecido na Espanha como "O protegido" e o nome original é "Unbreakable".
- Versão Alfa
Todos sabemos que antes mesmo de um jogo ser liberado para jogarmos, ele passa por muitas transformações e isso também vale para Debris. Antes de ter definido uma quantidade de personagens, o jogo tinha uma maid e a maioria dos personagens eram de imagens de animes, porque ele não se atrevia a mexer com o design na época, porém ele resolveu alterar e tenho que agradecê-lo por isso.
- Vilão Misterioso
No começo, todo mundo odiará "eternamente" o vilão por tê-la sequestrado, mas conforme a trama vai avançando a opinião de todos muda completamente e quem passa a ser chamada de vilão é Ellie e ele de herói. O autor não concorda com esse pensamento, dizendo que mesmo que ele estivesse tentando fazer alguma justiça, não justifica sequestrar aquelas outras pessoas e matá-las se a vingança era apenas contra Elyzabeth.
- Os livros vermelhos:
Se você acompanha ou já jogou outro jogo de Peccdesign, é possível perceber que o livro para salvar é sempre o mesmo, "o livro vermelho". De acordo com o próprio criador, todos os seus jogos passam em uma mesma realidade e quando seus personagens se encontrarem, finalmente, irá se finalizar o universo de Peccdesign.
Uma dica da Rina para vocês com esse jogo é : Nada é o que parece ser.
ʃ Conclusão ʅ
A ideia original não chama tanta atenção, mas para aqueles que são super curiosos, me incluindo nessa lista, de alguma maneira te deixa um pouco interessado com o que poderia acontecer ou se teria alguma reviravolta. Embora muitos odeiam ou odiarão certo personagem, eu realmente gostei da personalidade dele (me julguem, eu amo isso) e achei o trajeto até a finalização totalmente encantador e bem detalhado, algo que eu não vejo muito em outros jogos e isso que o autor tem de grandes quantias, sendo uma boa qualidade. Apesar de ter alguns erros de iniciante, não acho que atrapalhem tanto para estragar a trama e muito menos o jogo em si, tanto que o estou recomendando aos meus caros leitores.
Como em minha postagem anterior, muitos se desculparam por terem escrito um comentário enorme e argumentativo, devo comunicar-lhes que eu simplesmente... Amo esse tipo de comentários. Não que eu despreze os pequeninos, mas adoro ler cada um desses comentários e responder com o maior carinho
Como em minha postagem anterior, muitos se desculparam por terem escrito um comentário enorme e argumentativo, devo comunicar-lhes que eu simplesmente... Amo esse tipo de comentários. Não que eu despreze os pequeninos, mas adoro ler cada um desses comentários e responder com o maior carinho
Então, corpses, se um amigo seu fizesse uma coisa horrível com você, ainda o perdoaria? Conseguiu entender a minha dica ou terá que jogar para descobrir?
Nós nos vemos na próxima postagem, corpses...Ou não
Requer RPG Maker VX Ace ( Faça o download aqui )